2013-04-18

vida às semanas

que eu vá e não volte, se eu nunca fui de ficar? que mudes ou não, que te feches em casa e passes a comer batatas fritas, que sejas feliz. e que tenhas os teus contigo. não tenho meus, não tenho seus, não sei o que é a posse, porque nunca fui de possuir, passo pela vida como se num oceanário, os peixes são demasiado valiosos para mim, que odeio o dinheiro.
neste universo tão grande moramos todos no mesmo prédio e, no entanto, eu nunca fui de continente algum, ou de ilha, sou parte do povo que precisa de um estado, de um estado que precisa de uma bolsa e de uma bolsa que nada guarda lá dentro, tal qual o nome que se dá à religião (ou será religiões e os deuses almoçam todos juntos às segundas, quando as preces são menores). que sejamos todos vizinhos e que não haja ovos para dispensar a ninguém - e este período com a necessidade de um travessão dado que sempre um se não, um exceptuando, um mas anti-capitalista - pois se todos os optimistas morreram quando passaram o nono ano.
tanto faz, de tanto fazer, dissolvido agora em tão pouco no imenso pó da terra.