já que estamos em tempo de regresso, regresso eu também à aparente satisfação que me entorpece os sentidos e me alenta loucamente. é que quando caimos fundo, o buraco é estreito e só nós nos podemos levantar. sozinhos.
que a satisfaçao, por si só, não é remédio para ninguém, todos nós sabemos, incansáveis na luta por toda aquela felicidade fugaz que nos sabe a sol e a infinito. mas essa satisfação é que acaba por nos trazer as memórias e os laços para um caminho pleno, de felicidade. e essa outra felicidade inalcançável talvez seja só mesmo isso. é inalcançável, pois por isso mesmo é felicidade. uma tarde de sorrisos verdadeiros e brincadeiras fresquinhas? nááá, que isso é só fogo de vista. estamos sozinhos, tooooodinhos. mas chegar ali, ali longe, vês? isso sim, claro que é ser feliz. meus meninos: eu quero ir a Marte, com o meu marido, os meus três filhos lindos, fazer uma reportagem sobre isso e receber mensagens dos meus verdadeiros amigos a dizer que adoraram lê-la. mas se por enquanto receber alguns carinhos de amigos verdadeiros, fazer umas quantas reportagens por brincadeira e conhecer alguns candidatos a maridos, aí, a minha satisfação toma-me conta do sorriso.