2009-05-31

nao gosto de lencinhos com cheiro a rosas

chorar não é fraquejar, é fortalecer. e assim, quando chorares, eu não te vou dizer que nao o faças. vou-te incentivar a berrar comigo e com o mundo, e a vista maravilhosa que nos envolve. vou dar-te a mão, até a podes esmagar, tal é a força da tua desmedida desorientação. depois vais levantar a cabeça como um dia eu já fiz também e vamos então passar dias de tamanho riso, com a falta de juizo que temos e a bagagem que levamos de tantos anos de hábito inocente que partilhámos. e tu és tão forte.

2009-05-24

desta vez, vais piar fininho.

tanto se te dá, como se te deu, ok? é assim que vai ser. é que isso, isso já não é ingenuidade, é burrice. mais vale assim, sem sentir. nem dor, nem prazer, qual brilho nos olhos ou punhos cerrados. chega. vê de uma vez por todas que não é para ti, isso de cartas perfumadas e poesias gaguejadas timidamente pelos teus lábios, como que dançando aquela música que tanto gostas. contenta-te com o facto de estares aqui, no meio do nada, sem nada, sem ninguém.
sabes, a àrvore com quem falaste,
quando te sentaste no chão,
derrotada, era eu.

desafio!



muito obrigada Francisca (http://aluzdaluanova.blogspot.com/), pelo desafio que ma lançaste, até estava a precisar de relembrar estas coisinhas : )



O Desafio

as regras:
1. Publicar a imagem do selo e linkar o blog que o passou;
2.Escolher 5 situações na tua vida que mereciam ser repetidas em câmara-lenta;
3.Passar o desafio e o selo a 12 blogues e avisá-los.

as situações:
o primeiro passeio de mãos e almas dadas; a primeira página sentida; o primeiro olhar cumplice; o primeiro quadradinho de chocolate que deixei derreter na boca; o primeiro mergulho em mar alto.

os blogues:

2009-05-20

e vão 4.

agora vem, e encontra-me nessa calma firme e suave, tira-me desta satisfação indignada. faz-me sentir que o meu eu se renovou, que já não é o mesmo eu que fora em tempos. tempos esses sem alento, em que fingia ao dizer-te que a chuva e as flores, e um sorriso inesperado ao dobrar a esquina, me davam ânimo para viver mais um dia na ânsia de saber.
feitas as contas, poucas palavras restam no corre-corre da nossa rotina.
eu não quero chegar e bater com a porta, não quero um perfume que fica impregnado por onde quer que passe, não quero que sintas cada segundo em que contas com a minha presença, não quero que o sintas como se de uma escadaria tivesses caído e já não pudesses voltar a subi-la, já que os degraus desamparados cairam por terra nessa estabilidade insatisfatória, onde vivias por viver, ciente de que melhores ventos estavam para vir. eu não quero ser o vento violento que te atirou para baixo, não quero ser chuva ácida que corroeu tudo o que de mais belo tinhas para dar e com um sorriso luminoso se foi embora numa tarde primaveril. não quero entrar com o ribombar de tambores num qualquer arraial, não quero entrar na tua vida com o ribombar de trovões que não mais desaparecerão dos teus ouvidos.
mas quero entrar, sabes que sim. sem alarido, festa oficial ou paixão temerosamente artificial.

2009-05-10

o mundo, amor?

amooor, o meu mundo desmoronou-se e tu és o culpado. mas amor, o problema é que eu nao estou triste. estou a gostar de não estar presa às velhas e pestilentas raízes, apesar de continuar a gostar muito delas. não, eu não tenho só olhos para ti, amor. eu ainda tenho muitas florziiinhas que apanho e ponho no cabelo. o cabelo que gostas de cheirar e despentear. mas amor, eu queria um mundo! mostras-me o mundo? o mundo como sabes que eu gosto, amor? mostras? com cores de rebuçado, sorrisos levezinhos, amor? vamos os dois gostar desse mundo, amor, eu sei que vamos : )