2010-11-18

(despreocupação para com o título)

(antes de tudo, e porque gosto muito muito dos meus seguidores, aqui a flor agradece muito muito se me derem uns cheirinhos para a minha autobiografia de literatura. shiu que é segredo, mas vocês, sem querer, sabem muito muito sobre mim. podem mandar-me as vossas ideias para o mail ou por comentários, fico-vos eternamente agradecida!)

ela até estava cheia de sono, não sabia o porquê de ali ter ido parar, nem sequer ironizar lhe apetecia e uma sede enormíssima duma água que raramente bebia apareceu-lhe não na garganta, na barriga, e ela refastelada como uma postura que bem treinada não deixava e mesmo assim sem se importar, um desleixo para com o sono, um vai-te lixar para a vida ou o que sejas vai-te lixar, no entanto uma realização despreocupada e triste, uma felicidade vazia mas extrema, e uma luz de vez em quando e ela contente por tanta gente a responder-lhe torto, ela contente porque responder torto sinal de conhecer almas e corações e seja o que for que existe dentro (ou fora, nunca sei onde paira o que quer que seja que existe) de nós, e num instante, numa conclusão e num parágrafo só, ela feliz, cheia e despreocupada com o facto de tanta gente lhe amar o que quer que seja que ela lá tenha dentro.

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