- é tempo, ja te disse. calhou-te o mal-me-quer, resigna-te, segue em frente, eu juro que desta vez não estou a gozar com a tua inocência exagerada.
- eu sei, já lhe disse 'vai-te embora, sai daqui'. mas não sai, o coração não sai!
- é que é assim, ou se misturam as duas e fico só com uma réstia do cheiro a margaridas e pacotes de açúcar amarelos ou se lava tudo muito bem com água do mar. margarida, as flores não renascem outra vez!
- mas ele tremia os olhos...
- e isso é bom? pára de uma vez de analisar cada segundo que passámos, de relembrar como os dias eram cheios, de como não havia nem uma marca de sal na nossa cara. deixa-nos ir, a todas!
- e se quando, em velhinha, passarmos o tempo do croché a perguntar 'e se?'
- e se parassem as duas? como alguém, que ainda não sei quem, disse no outro dia 'eleva-te nessa tua indecisão'. chega de desflorar mal-me-queres, aqui já não há mau nem bom. há dá a mão, mas não a mim.
7 comentários:
Dá-me a mim a mão.
Já tive a ler alguns dos teus textos e acho que tens muito jeito :)
continua!
escreves lindamente, adorei este :')
Wow. Bonito.
acho que não encontro melhor nome para este blog. :|
♥
Obrigado, e também gostei do teu ;)
Adorei a multiplicidade.
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