2009-02-25

Amores.

Há seres perfeitos. Sim, perfeitissimos. Com defeitos, imensos defeitos, mas ainda assim, perfeitos. Os próprios defeitos aperfeiçoam. As virtudes são maravilhosamente docinhas, enquanto os defeitos acrescentam um suave travo agreste. E sabe tão bem ter como alimento algo com este sabor, este sabor perfeito. Os defeitos são essenciais. Se fosse muito doce, mas apenas doce, depressa se tornaria enjoativo. O que gosto, mas gosto mesmo, é o meio-termo.
Há seres perfeitos. Uns para mim, outros para ti. Eu não quero dividir os meus amores-perfeitos com ninguém, e tu também não queres dividir os teus.
Se houvessem seres universalmente perfeitos, todos teriam de ser universalmente perfeitos, porque Deus gosta de todos de igual forma. Sendo assim, depressa todos deixariam de ser perfeitos, porque ninguém queria dividir nada com ninguém, porque não se divide algo que é perfeito.
Há seres perfeitos para mim e ainda bem que estes não o são para ti. Agora sim, sacia-te com a tua perfeição, sem que os outros se intrometam na tua definição disso.

2 comentários:

Lyza! disse...

tal como este, adorei. ♥

Anónimo disse...

bem fiquei sem palavras ...ou melhor foquei ainda com mais vontade de seguir o teu belo blogue...foi tomar a liberdade e publica este texto no meu cantinho ( http://olhardesinteressado.blogspot.com/ )e espero que me faças uma visitinha!!?

Beijocas Desinteressadas