uma lágrima gorda e decidida rolou pela bochecha e foi cair no tampo da secretária. os olhos vidraram na pequena gota abandonada na madeira. durante muito tempo. mas, de olhos vidrados ainda, atentou noutro seu abandonado. o coração batia forte e inchava, vaidoso. tinha vencido o corpo, a alma, o céu nublado e tudo o que lhe dava vida. tinha ultrapassado a apatia que lhe assombrava os olhos vidrados, que brilhavam de contentes agora. para o coração vaidoso e para os olhos cintilantes não importava mais que tudo estivesse mal no mundo, incluindo o deles. sentiam de novo, a tempestade voltara. a flor acordou pelo meio daquela efervescência toda e correu a enroscar-se no cabelo, dando-lhe mar de novo. era a primeira vez que não se importava com o mal que lhe faziam, a ela, ao coração vaidoso, aos olhos cintilantes. o cabelo já nao era mais deserto, e ela sorria ironicamente. ouvia o ribombar de trovões, bem perto dela desta vez. obrigada céu.
8 comentários:
não é só a ti, infelizmente.
ler-te é sempre um prazer.
está tão bonito!
que texto !
Eu quando for grande quero ser um mar, uma flor e um céu.
Já és isso tudo!
está lindo margarida :)
Diabo na Cruz.
Eles são muito engraçados. Conheci o B e o Jorge Cruz, numa noite. :)
so quero o tiago e tudo o que ele tras com ele :$
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